quarta-feira

Pois é.

É triste quando se acaba um relacionamento. Muitas vezes você se vê tão ligado à aquela pessoa que, quando se encerra de verdade todas as possibilidades de mudança e, consequentemente, chega-se ao fim, é sentida uma sensação de vazio em que a pessoa quando habitou por sua vida havia preenchido de forma tão simples e ao mesmo tempo arrebatadora. Planejaram coisas para o futuro, sonhos que queriam realizar juntos, projetos de vida a dois, a sós. Mas tudo tem que ter um fim, infelizmente. Quando as coisas ruins acontecem com mais intensidade de que todos esses planos e acontecimentos bons que ocorreram diante desse  tempo, não há muito o que fazer, o que vai marcar desse jeito vão ser as brigas e incompreensões que haviam entre o casal, e lá no fundo, quase que por um segundo no inconsciente, ainda há aquelas lembranças ímpares que podemos viver ao lado de alguém que um dia dissemos "Eu te amo". Ninguém é dono do futuro, todos sabemos disso, mas parece que temos a teimosia de adivinhá-lo e moldá-lo de acordo com o nosso entendimento, e isso nem sempre é possível de acontecer ( quase nunca, pra falar a verdade ). É como se existisse uma força maior regendo tudo que há na Terra e por meras frações de segundo, uma palavra mal dita, um olhar estranho, uma atitude mal tomada, influencia decisivamente. Mas o tempo passa, se aprende com os erros, cada um vai para o seu lado e procura de alguma forma fazer, não esquecer, mas mudar o foco das atenções para outras coisas. Novas atitudes serão tomadas e só esse mesmo tempo irá trazer de volta algo de bom para a sua vida. Agora é só esperar....

 Leoni - Fotografias

Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
E é o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.


sábado

Aprendendo, sempre....

Aprendi que você não pode exigir muito de uma pessoa,
Aprendi que nem sempre o que se pensa é o correto,
Aprendi a dar mais valor às coisas que valem a pena,
Aprendi que não se pode prender ninguém nessa vida,
Aprendi que tudo vem naturalmente, sem pressa,
Aprendi que se não correr riscos, não se vive,
Aprendi que se preocupar com besteira, pioram as coisas...

Enquanto tiver tempo, aprenda que nessa vida tudo pode mudar, inclusive nada.






domingo

Augusto dos Anjos - Gênio Indomável


Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau D'arco, em 20/04/1884, no município de Cruz do Espírito Santo, na microrregião de Sapé, no Estado da Paraíba. Filho de Dr. Alexandre Rodrigues dos Anjos e D. Cardula Carvalho Rodrigues dos Anjos. De início seu pai foi o primeiro professor, lhe ensinando a  ler. Logo depois, ia à capital João Pessoa estudar no Lyceu. Logo depois se tornou bacharel em Direito pela Faculdade do Recife, e como consequência, retornara à Paraíba. Mas, ele não queria seguir a carreira acadêmica no mundo jurídico, então foi lecionar Literatura no colégio onde estudou, o Lyceu Paraibano. Em 1901, começou a publicar seus poemas nos jornais O Comércio e A União. Depois disso, em 1910 casou-se com Ester Fialho, que era professora, e dessa união geraram dois filhos: Glória e Guilherme. Mais tarde Augusto dos Anjos fizera uma viagem com a esposa para o Rio de Janeiro para editar seu livro de poemas,pois na Paraíba não teve o apoio necessário, e como consequência, ficou magoado diante do descaso. E mais: antes de ir pediu ao governador da época, João Machado, que lhe concedesse uma licença até a sua volta do Rio. Alegando que "ele era apenas um substituto", não concedeu a tal licença. Imaginem a mágoa e a dor no coração que ele sentiu com esse MIX de desprezos e não reconhecimento de seu trabalho. Quem o ajudou a publicar seu primeiro e único livro, com o nome de EU, foi seu irmão Odilon dos Anjos. Porém, naquela época fora bastante criticado por seus poemas não ter os padrões convencionais da época. Mas hoje, em seu túmulo, ele fica feliz em ver que sua obra é uma das mais comentadas e modernas, porque não, da atualidade. Realmente é um trabalho singular o desse poeta. Mostro a vocês um pequeno exemplo de sua obra prima, o poema "Psicologia de um vencido".



PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Além de tudo, ele colaborava todos os anos na edição do jornal Nonevar, que circulava na tradicional Festa das Neves. Participava também fazendo marchinhas de carnaval e panfletagens. Augusto dos Anjos morreu em 12/11/1914, vítima de uma pneumonia, que, pelo visto, parecia ser constante esse tipo de morte a alguns dos maiores escritores do nosso Brasil. O lugar escolhido foi Leopoldina, em Minas Gerais, onde ainda assumiu um colégio. Em um último pedido à sua mulher, Augusto dos Anjos queria que ela fosse para a Paraíba e trabalhasse como professora. Como não conseguiu garantir o sustento da família, retornou à Leopoldina. Em 2001, Augusto dos Anjos foi eleito " O paraibano do século ". Um paraibano que foi rejeitado pela sua própria terra, mas que conseguiu realizar um trabalho esplêndido com seus poemas e se sobressaiu com uma forma diferente de fazer poesias.

quinta-feira

Sentimento canarinho em xeque



Sabemos que o Brasil é apontado como o país do futuro, do crescimento sem precedentes na área da economia mundial e que dizem que estamos no caminho certo. Tudo bem, mas temos que ter a consciência que não é preciso só crescer para fora, mas também precisamos expandir nosso conhecimento internamente, na educação, saúde, infra-estrutura e tudo mais. São pontos capitais, que um país vasto e com belezas ímpares, deve prestar mais atenção. Além do mais, todos os anos enxergamos menos as pessoas tendo esse tipo de consciência, do que é preciso realmente para nossas vidas e o que nos agradam e deixam satisfeitos. Educação é um exemplo bem prático disso. Com a educação, podemos abranger nossas experiências curriculares e de vida também, porque não. Através dela, podemos criar o sentimento patriótico e constitucionalista dentro de cada um, que o indivíduo se interesse de verdade pela história de seu país e para as situações que acontecem e mexem com opinião pública. O brasileiro de hoje, em sua maioria, não tem um sentimento forte pelo seu país, pelos mais diversos motivos que assolam esse Estado, como: impunidades, falta de apoio aos menos favorecidos, leis que não efetivam seu real papel na sociedade e uma série de coisas mais. O habitante desta terra Brasilis tem que se sentir protegido, "em casa", e não à margem da sociedade, que muitas vezes o exclui por não ter os atributos pedidos pelos estratos mais qualificados. Por isso que a educação é imprescindível nesse país, para que ela crie uma formação dentro de cada um, passando a conhecer a si próprio e sabendo o que quer para a sua vida de agora em diante.Vários brasileiros, pais e mães desse Brasil, designam essa tarefa SÓ para a escola e esquecem que o real papel é dentro de casa, com o incentivo dos mesmos. Assim não haverá um abismo tão grande dentro da família. Interesse ( no bom sentido ), incentivo, ajuda, essas são atitudes que promovem a evolução das pessoas enquanto seres humanos e os tornam despertos para o mundo de hoje, e com isso, eles podem ter uma projeção melhor do seu futuro.

terça-feira

O tempo não é nosso...

Mais um dia se passou rapidamente. Não enxergamos nem sabemos como o tempo passa, mas ele passa feito um raio, elegantemente sobre o céu escuro. Parece com nossas vidas. Somos um rabisco no papel em que não há borrachas para apagar as marcas que o tempo deixa em nós. Será mesmo que ele se encarrega de aplanar as lembranças ruins? Dizem que sim. Não sei mais quem sou. Processos de "muda" estão ocorrendo a cada momento, a cada situação nova e não há resposta imediata muitas vezes para supri-las conforme são pedidas. Perdido é apelido. Acho que devo me reciclar e ver como estou por dentro, me conhecer melhor e repensar os valores e atitudes a serem tomadas. Ainda há tempo para esse redescobrimento. Talvez tornar um pouco antropocêntrico momentaneamente não deva ser coisa ruim... Mais um dia se passou rapidamente...